segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Torcida


Sou uma Corinthiana fajutérrima, porém, sou Corinthiana. Quando "meu time" joga e fico sabendo, óbvio que torço por ele. Quando perde, minha tristeza é momentânea, quando ganha, tenho no máximo 5 minutos de alegria. Portanto, não interfere em nada na minha vida. O que realmente interfere são as agressões atribuídas a todo e qualquer time que vence ou perde um jogo ou um campeonato. Não entendo em absoluto porque ser gay, pobre, favelado, maconheiro, entre tantas outras coisas, podem ser ofensas. Para mim usar qualquer uma das denominações acima perjorativamente é desrespeitoso, é preconceituoso. Um preconceito arraigado, latente, perigoso. Ainda que em tom de piada. Posso garantir, não há a menor graça. Bambizada, porcaiada, favelados ... somos todos iguais. É por isso que realmente torço!!!!!

domingo, 25 de novembro de 2012

O Tesouro do Rubão


Uma vez eu disse que queria ser uma mãe que soubesse contar histórias. Eu contei. Contei uma história com elementos emprestados daqui e dali, porém, com personagens que somente Joana poderia permitir. Um pouco do encanto da Nair e do Rubão.

O Tesouro do Rubão

Chegou o feriado tão esperado. Joana estava ansiosa para ir para Avaré na casa da Vovó Regina. Lá é muito legal. Tem um jardim enorme que esconde um tesouro. Pelo menos foi o que a Fada Nona disse para ela quando se encontraram em sonho. A Fada Nona acompanhou toda a construção da casa. Conhece cada canto. Ela mora naquele jardim e cuida dele muito bem. Sempre está florido. Orquídeas e rosas são as suas preferidas. Bom, voltando ao tesouro, Joana arrumou suas malas, as do Tamborim e partiu para Avaré, mas não sem antes ligar para sua tia e combinar de encontrá-la por lá. Chegando na casa da sua avó, Nina veio recebê-los com o rabo abanando. Muita comida na mesa, bolo de fubá e muito sorriso da Vovó Regina, que havia preparado tudo de maneira muito especial. Joana estava preocupada. Sua tia ainda não havia chegado. Mas ela sabia porque. Sua tia estava esperando uma pessoa especializada em busca de tesouros, o pirata Jack Espirro. Foi dormir. Na madrugada Joana ouve passos e espirros. Finalmente tia Micoleta, sua picareta e o capitão Jack Espirro ancoraram em Avaré. Mais do que rápido Joana levantou, chamou seus fiéis escudeiros, Nina e Tamborim, e foram ao encontro deles. O capitão estava com um suposto mapa do tesouro na mão e um lenço, pois não parava de espirrar. Sentaram. Armaram estratégias. Planejaram tudo com detalhes e saíram a caça. Passaram o dia todo procurando sem nada achar. Não queriam parar nem para almoçar. O pirata com seus espirros não parava de andar pelo jardim. Tia Micoleta com sua picareta cavava imensos buracos. Vovó Regina estava ficando maluca com o que estavam fazendo com o jardim de sua casa. Não estava entendendo o que estava acontecendo. Estava nervosa porque já estava quase anoitecendo e ninguém queria comer nada. Resolveu perguntar o que estavam procurando. Foi quando contaram para ela sobre o tesouro. Ela riu. Disse que não sabia onde estava, mas que sempre ouviu seu pai, o sábio Rubão, falar de um tesouro. Ela e seus irmãos passaram a vida imaginando onde havia de estar. Rubão dizia que estava mais perto do que imaginavam, mas nunca deu muitas pistas. Foi quando Joana teve a idéia de chamar pela Fada Nona, que prontamente atendeu ao seu pedido e apareceu para todos. Joana perguntou para Fada Nona se ela sabia onde estava o tesouro. A Fada Nona disse que sim, que o Rubão sabiamente a ensinou e ela rapidamente aprendeu, perspicaz como sempre. Esse tesouro estava muito próximo. Ficaram muito curiosos e não paravam de fazer perguntas, afinal passaram o dia procurando e não haviam encontrado nenhuma pista. Ela resolveu ajudar. Encaminhou todos ao escritório do Rubão, lugar onde ele passava a maior parte do seu tempo. Apontou para as prateleiras de livros. Ficaram meio sem entender, mas Joana rapidamente sacou o que era. Olhou para sua Tia Micoleta, que deixou a picareta para trás pois percebeu na hora do que se tratava o tesouro. O maior tesouro que alguém pode ter é o conhecimento e a melhor maneira de tê-lo é lendo. Jack Espirro ficou meio irritado, espirrou mais e mais, porém, logo se rendeu ao encanto dos livros. Passaram o resto do feriado se deliciando com os livros do Rubão. De longe, Fada Nona e Rubão observavam orgulhosos sua família e sabiam que aquelas pessoas propagariam essa riqueza.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Gasolina

Eu estou olhando para o ponteiro da gasolina. Está acabando. Preciso repor. Preciso também repor a energia que se vai com o dia a dia, a alegria quando a festa termina, a paciência para resolver um assunto chato. A gasolina é fácil repor. A energia, a alegria e a paciência recuperamos com o tempo, se quisermos. Agora, não conseguimos repor a sensação do erro não cometido, da audácia reprimida, do momento não vivido, do beijo que deveria ser dado, do carinho que não foi trocado, do presente não comprado. Não repomos a falta que fazemos, o sorriso que não demos, o abraço que guardamos. Repomos a gasolina.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

E aí?

Saindo ontem do show do Marillion, a garoa de Sampa disse ao que veio e o frio se aproximou. Eu me escondi ao lado da portaria, onde venta menos, para esperar meu carro. Me enrolei no xale que minha avó fez para minha mãe e que eu me apropriei. Na verdade minha mãe esqueceu na minha casa, eu o encontrei e achado não é roubado ... enfim, é meu. Bom, estava eu nessa situação, quando um menino veio gritando na minha direção "tia, tia" ... chegou perto de mim e disse, rindo daquilo que para ele era muito engraçado, "ah! não ! pensei que fosse minha tia hahahahahahaha" ... A parte engraçada para ele sei qual é, mas para mim, a  parte engraçada que me cabe faz mais sentido ... Saca só! O moleque está ouvindo um som que ouço, um som das antigas!!! Esse som é bom!!!! E ele veio tirar sarro da minha cara ... Sarro posso tirar eu do som que ele e sua galera ouvem, ruim de um tanto que fez com que ouvissem o som da minha galera!! Eu acho do caralho. O que é bom dever ser propagado. Eu gosto desse som das antigas, desse som que os novos tem como influência, desse som que perdura, que larga e não gruda. Gosto do que é novo, mas que se fundamenta no que é bom!!! Não me considero  conhecedora profunda de música, mas posso me gabar do meu bom gosto. Ei! Marillion para mim não é o ápice, nem o mais foda, mas tem um competência indiscutível e a voz que o embala é incrível. Me rendo à maturidade daqueles que estão na estrada há muito tempo porque de fato me rendo à maturidade. Gosto desse momento da vida. Gosto dessa serenidade. Moleque, fique à vontade. Não me sinto ofendida. Minha vida é regada de bom humor. Na sua idade eu me olharia e talvez me visse uma tiazinha. Até me chamaram de quarentona enxuta. Só não deu para sacar qual a ofensa. Sim, sou uma quarentona e pra lá de enxuta ... rs. Me sinto assim, enxuta aos 40 e não velha por isso. Cabe até uma confissão, estou prestes a viver a melhor fase da minha vida!!!!! E se a velhice for isso, que me tragam a bengala, porque vivo melhor a cada dia.  E aí que devo agradecer a esse garoto que me fez relembrar que faço, falo e vivo do jeito que eu gosto. De novo Eu, assim como eu.

sábado, 15 de setembro de 2012

Eu, mãe!


Outro dia uma amiga me perguntou sobre ser mãe. Não tive condições de responder naquele momento. Qualquer coisa que fosse dito seria pouco perto do que realmente sinto. Parei para pensar. Me deparei com coisa a beça ... ainda sem acreditar ser suficiente. Sempre digo que ser mãe é a melhor função que exerço. É a função que entro de cabeça, chuto o balde, enfio o pé na lama, vivo intensamente e me entrego completamente. É um amor novo, nunca antes vivido. É tão intenso que a razão se perde! E eu, a racional de plantão, convivendo puramente com a emoção. Caraca - é emoção as pampas!!!!! Bom, vivendo entre emoção e razão, resgatei minha intuição, que tava lá, pronta para ser reativada. Sou mãe por intuição. Os palpites são lançados por todos os lados, numa velocidade que não dá para acompanhar...em sua maioria com a melhor das intenções...Só que a mãe da minha filha sou eu. Deixa comigo, sei como agir. Parece prepotente, eu sei, mas é assim que eu sinto. Recorro sim as pessoas que confio e em muitos momentos, mas as decisões finais são minhas e tomadas com muita tranquilidade. Sou uma mãe muito diferente do que eu podia imaginar. Gosto mais dessa mãe real do que aquela que viveu em minha imaginação durante muito tempo. É incrível poder viver essa mãe! Essa mãe cheia de inseguranças, incertezas, receio de não ter condições de educar, de indicar um mundo melhor e incutir o melhor pro mundo. Tenho arrepios diários, frio na barriga constantemente, palpitação e tremedeira por causa dessa responsa de criar ... E ai quando me deparo com o sorriso da minha filha, com sua alegria, seu carinho, o caminho que estamos trilhando, parece certo. Num sei mesmo onde vai dar, "mas vou até o fim...". A mulher que essa mãe habita se renova e se reinventa sempre. Revejo sentimentos, desejos, valores a todo momento. Partes de um todo que pareciam intocáveis e rígidas. Essa baixinha veio e abalou todas as estruturas ... "Meu amor, minha flor, minha menina", de novo eu, pensando em ti...

sábado, 16 de junho de 2012

89 anos

"Amor não tem que se acabar
Eu quero e sei que vou ficar
Até o fim eu vou te amar
Até que a vida em mim
Resolva se apagar"

Até o fim ela amou ... Dizia sempre que amava viver e que não queria morrer. Lutou sempre e com toda garra para na vida estar bem. Porém seu dia de nos deixar chegou. Foi a dor mais profunda que vivi. Uma dor que ainda não tenho condições de dimensionar. Não sei a falta que irá fazer. Mas há um compromisso em compensá-la com muita alegria. Do jeitinho que ela torcia. Aliás, minha maior torcedora. Ela me punha pra cima sempre. Me achava linda, elegante, merecedora do que há de melhor, divertida, inteligente ... E em muitos momentos me fazia sentir-se dessa maneira, pela forma que conduzia a conversa e pelo jeito que me olhava. Ela queria me ver feliz. Perto dela não havia espaço para sofrimento ou lamentação ... Minha amiga com mais experiência de vida. Me ouvia, me dava colo e me ordenava levantar a cabeça e seguir em frente. Era de uma força bruta! Não tinha meias palavras, mas tinha as palavras certas. Nem sempre era o que queríamos ouvir ... Palavras que hoje me embalam, me acalantam, me acalmam, pois assim que me tratava. Com carinho, cheia de mimos e com todo aconchego ... Eu entendia a eternidade. Eu a tinha. Eu ainda entendo a eternidade. Mas agora a tenho de outra forma. Minha avó amada ... pra sempre comigo. 


Minha avó uma pessoa a frente de seu tempo. Um coração que não se restringia aos seus. Era de muitos. Mas era osso duro de roer. Persistente! Teimosa. Queria tudo da sua forma e não sossegava enquanto não conseguia. Se precisasse, mobilizava a família. E a tal da campainha que tinha em seu quarto para nos chamar? O que tocava ... E quando víamos, estávamos todos em seu quarto, recebendo suas ordens, mas principalmente seus ensinamentos. Adorava ver o circo pegar fogo! Fofoca era com ela mesmo. E comigo não tinha espaço. Ficava louca da vida e dizia para minha mãe que eu batia de frente com ela...rs...eu só não queria falar sobre o sobrinho do filho da vizinha que eu não fazia a menor idéia de quem era e ao que veio. E mais, muitas vezes não queria falar da filha da minha prima que eu sabia quem era...mas ela gostava. E cada um que chegava contava e dava uma apimentada. Dava outros sabores as histórias. Aliás, falando em sabores, como cozinhava ... e que prazer que tinha em oferecer sua obra aos seus admiradores. E nós nos esbaldávamos. A família juntava e ela ia para cozinha fazer o prato favorito de cada um. Queria agradar a todos. E todos ficávamos satisfeitos.


Ela sempre surpreendia. Superou e se renovou. Não deixou que nenhuma doença a abatesse. Se curou muitas vezes e dizia que era um incômodo que seria resolvido rapidamente. E mudou sua postura. Tinha defeitos. Mas esses também revistos por ela. Por uma situação imposta, reviu seus valores e mudou. De abraços abertos recebeu os novos. Agregava.


Todos aqueles que viveram e conviveram com ela, possuem histórias para contar. Pedimos que nos tragam essas histórias. Sempre! Ela vai gostar de ouvir e a gente de saber um pouco mais sobre ela!


Minha avó, que lindo Dia dos Namorados você teve. Sabíamos da saudade imensa que sentia pelo Rubão e a dele por você. E ele, com toda sua gentileza e com muito amor, veio buscá-la. Bailem para sempre! 




segunda-feira, 28 de maio de 2012

"Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias". Pablo Neruda

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Transformai

Estou com muita dúvida em relação a esse texto. Tenho receio de parecer pessimista ou mesmo do texto ter um tom derrotista. De qualquer forma tive indícios o dia todo que deveria escrevê-lo. Pois bem, cá estou ... Sem certeza de nada, mas sabendo que vou seguir em frente. Não sou propriamente a pessoa mais indicada para falar sobre relacionamentos, já que não me permiti viver muitos ... Sempre fui "nuvem passageira, que com o vento se vai" ... Até que me casei e, por isso, me sinto no direito de discorrer um pouco sobre esse terreno arenoso e até de parecer piegas. Sinto muito se for mais do mesmo, mas devo colocar para fora o que tanto me incomoda. Estou realmente chocada com o quanto é depositado no outro a razão de sua felicidade. Eie! Assim não irá encontrar nunca essa tal felicidade. Cara. Ela está em ti. Claro, não é? Porra nenhuma. Lançamos mão de artifícios para conviver com aqueles que acreditamos ser essenciais em nossas vidas e assim mantê-los. Essencial somos nós. A pessoa com quem nos relacionamos, convivemos, namoramos, casamos ou qualquer outra denominação mais apropriada, deve ser extensão da nossa felicidade e não ela própria. Estou pasma com o que tenho visto e provavelmente é algo que eu tenha vivido. Por que são necessários meandros para que o relacionamento seja mantido? Por que as artimanhas estão presentes o tempo todo? Por que não ser apenas honesto? Não vou falar o que penso para não criar um clima desagradável. Não vou expressar o que sinto para não parecer tola. Não vou colocar o pau na mesa para não criar confusão. Vou omitir essa informação para não chatear. Opa! Cadê a transparência necessária? E o quanto um dos elementos se sobrepõe ao outro? ... Que tal caminhar no mesmo ritmo??? Que tal buscar sintonia??? Que tal se dedicar e se colocar no lugar do outro? Que tal viver um caminho livre de angústias e anseios???? Sei que há muitos questionamentos nesse texto ... Mas é por ter me questionado muito ... E foda, as respostas não chegam ... Ontem ficou claríssimo para mim, ao conversar com uma amiga sobre os relacionamentos em geral, que se eu tivesse tido outras atitudes em meu casamento não teria saído tão detonada dele. Eu não teria me machucado tanto. Não acho que teria durado mais, mas sem dúvida teria me conservado mais. Ele tinha um prazo de validade, assim como acredito que todos tenham. Opção de cada um continuar com o produto vencido ... Aiiiiii! Que horror ... peguei pesadíssimo ... Estou amarga... rs ... Não estou não. Um momento da minha racionalidade irrecuperável ditando minhas palavras. Eiiie! Não sou idiota. Não falo em utopia. Falo apenas de uma busca íntegra, de uma vida digna de se viver. Sem receios!!!! É possível, muito possível ... "Transformai as velhas formas do viver"... Ah! E se não for possível ... Muda o disco, vira a página, tira a pedra do caminho ... Se mexe, mas vai ser feliz!!!! E Eu de Novo defendendo a possibilidade da busca da Felicidade ... Piegas ou não, é o que eu acredito ...

domingo, 6 de maio de 2012

QUERO por Elis Regina (O compositor é Thomas Roth - Pasmem!!!!)

"Quero ver o sol atrás do muro
Quero um refúgio que seja seguro
Uma nuvem branca sem pó, nem fumaça
Quero um mundo feito sem porta ou vidraça
Quero uma estrada que leve à verdade
Quero a floresta em lugar da cidade
Uma estrela pura de ar respirável
Quero um lago limpo de água potável
Quero voar de mãos dadas com você
Ganhar o espaço em bolhas de sabão
Escorregar pelas cachoeiras
Pintar o mundo de arco-íris
Quero rodar nas asas do girassol
Fazer cristais com gotas de orvalho
Cobrir de flores campos de aço
Beijar de leve a face da lua"

terça-feira, 24 de abril de 2012

Boca Suja

Devo ter sido pouco repreendida na vida, pois desde que eu me lembro por gente, praticamente desde sempre, falo palavrão, daqueles ditos cabeludos, para enunciar uma frase, dar pausa numa fala ou finalizar um pensamento. Para manifestar indignação, demonstrar alegria ou expor alguma tensão. Enfim, falo e nem percebo. Em várias situações. Óbvio que em determinados momentos me policio, mas confesso que sinto uma falta danada e acho sempre que pode elucidar ou concluir um pensamento, que acabo guardando para mim. As vezes ele me escapa! Eba! Uma amiga uma vez me disse, quando morava fora já fazia um tempo, que sentia falta de falar palavrão em português e mais ainda de que o entendessem. Sim, ele expressa sentimentos e um único palavrão pode significar várias coisas em várias situações. Uma palavreado bastante rico. Pois bem, pagaria o preço em ser tão desbocada em algum momento. O momento chegou e eu me coloquei a pensar. Me coloco de castigo constantemente. Tenho que ficar 2 minutos sentada no sofá e quietinha. Hoje convive comigo uma esponjinha que repete sempre o que digo e, o mais incrível, com a mesma entonação. Fui a primeira reunião escolar e em um determinado momento a orientadora estava explicando sobre as aulas de teatro e como as crianças aproveitam esse momento para expressar o que sentem, imitam os atos dos pais, como ir ao supermercado, ao posto (sim, vida sem graça, mas eram palavras da professora) e também é quando repetem o que os pais falam, principalmente os palavrões ... Ai! Caiu a ficha e devo ter corado ... Bom, pelo menos internamente era como eu me sentia ... Terminada a reunião, fui conversar com a professora pois se minha filha repetisse minhas palavras queria que todos soubessem da onde vinha. Se há algum constrangimento nisso, que seja meu ... Ufa! Ela me contou que nunca ouviu nada da minha pequena. Ah! Menos mal então. Vai ver que não presta tanta atenção no que eu digo ... Eis que um dia ela me fala "a nona é foda". Caraca, eu tinha conversado nesse dia com a minha mãe e por admirar a força de viver da minha avó disse: "a vovó é foda". Reflexão e o que fazer. Conversamos que algumas palavras não são bacanas de falar, que não há necessidade e como eu tinha dito isso, estava de castigo por 2 longos minutos. Como o tempo não passa quando estamos de castigo! É uma droga! Dá para imaginar a quantidade de palavrões que passaram pela minha cabeça? De fato, comecei a prestar mais atenção perto dela e deu resultado durante um tempo. Hoje pela manhã, conversava em seu celular de plástico rosa, quando deu uma pausa, arregalou os olhos, suspirou e disse: "puuuuta". Olha eu de novo lá e de castigo ...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A partir de Evelyn Cristina

Copiei porque pareceu para mim ... Eu só quero o bem!

Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem.

Caio Fernando de Abreu

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Era uma vez uma Mãe que queria saber contar Histórias...


Era uma vez uma mãe que queria saber contar histórias. Ela não sabia como fazer e nem sabia por onde começar. Um dia, uma contadora de histórias mostrou para ela onde se encontrava o ponto de partida dessa vontade. Ela entendeu. Era só começar. Pegou papel, caneta e pôs-se a escrever. Iniciou-se uma linda viagem da qual não irá retornar mais.


O ano de 1973 recebeu uma criaturinha, que ninguém sabia a que vinha e como vinha. Ninguém sabia o sexo. Estava sendo muito esperada. A maternidade virou uma grande festa. Seu avô pediu a filha grávida: “traga a minha neta”. Sua mãe estava em trabalho de parto e sua avó dizia: “minha filha essa dor vai piorar”. Pois bem, o momento tão esperado chegou. A neta do Rubens veio ao mundo. Sua mãe parou de sentir dor. Seu pai entendeu no instante que a viu a responsabilidade que tinha e o quanto a vida tinha mudado. Lindas palavras disse a menina, sua filha, porém as pessoas que testemunharam esse momento se foram. Em vida sempre disseram que foram as palavras mais lindas que ouviram. Provavelmente eram para ficar apenas entre elas. Essa menina não pode lembrar do que ouviu, mas sente desde sempre o que elas significaram. Ao nascer, a sorte seguiu em sua direção e de perto dela nunca mais saiu.

Essa menina cresceu e muito. Passou por várias coisas. Realizou outras várias. Foi muito amada e mimada. Por todos. E até hoje gosta e se aproveita dessa situação. Tem em sua mãe uma grande amiga. Em seu pai um grande parceiro. É muito feliz por tê-los. Eles deram de presente para ela a oportunidade de poder ter ao seu lado uma irmã de personalidade forte, marcante, teimosa e de um coração imenso. São grandes companheiras. Se amam imensamente. Lindo de se ver.

Essa menina era mal humorada e descobriu-se infeliz por isso. Mudou completamente. Sempre brinca que as amizades que a acompanharam nessa época e que continuam com ela, sabiam do potencial dessa garota e que um dia ele viria à tona. Confiaram nela. Foram ouvidas e hoje essa menina acorda sorrindo. Quanta gente ela afastou nesse tempo que não volta mais. Hoje tem a capacidade de agregar. Sabe-se agora que esse mal humor era uma defesa. Protegia sua timidez e a vergonha que tinha de tudo. Não que tenha deixado de ser tímida, mas hoje encara com bom humor. Quem a conheceu depois disso não acredita que ela podia agir dessa forma. Passou. Ficou lá trás.

Demorou para descobrir o amor, mas mesmo antes disso sofreu de amor. Foi amada. Conquistou. Foi conquistada. Desprezou. Foi desprezada. Deixou de viver paixões bacanas porque não queria se envolver. Ah! Que bobagem. Depois disso amou. Sofreu! Fez sofrer. Chorou e nem ligou. Assim era essa menina. Inatingível! Hum, até parece … Alguns caminhos se cruzaram e viveu deliciosas paixões. Um dia se encantou e decidiu que era com aquele cara que queria ter um filho. Longa jornada. Achava que o amava. Iam e voltavam. O admirava, o achava engraçado, eram companheiros … Bonito de um tanto!!!! Mas apesar da vida mostrar que seus caminhos eram diferentes, insistiram e casaram. E essa menina queria um filho. E mais uma vez a vida foi generosa. Descobriu e viveu o mais puro amor. Sua filha – seu amor, sua flor, sua menina. A menina crescida agora tem uma menina.

Sua menina vai crescer e muita coisa vai viver. A mãe menina torce para que sua filha menina viva um pouco de tudo. Que tenha a sorte que sempre teve. Que ache seu lugar no mundo. Que faça o que gosta. Que tenha amigos parecidos com os seus, pois esses alimentam a vida. E que, sobretudo, seja feliz … muito feliz!

Hoje essa mãe, a menina grande dessa história, é muito feliz, redescobriu sua históra, buscou suas raízes e batalha muito para que sua vida seja marcada por momentos inesquecíveis. Essa menina grande pode dizer, depois de bater muito a cabeça, que se sente admirada, querida, amiga, amada. Pronta para o que a vida tem de melhor! E que a sorte continue com ela! De novo ELA.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Desenhos em Mim


Demorei muito para decidir e fazer minha primeira tattoo. Depois dela, muitas outras vieram e, muito provavelmente, muitas outras virão. Sempre que termino uma tatuagem, já começo a pensar nas seguintes. As tenho em número ímpar porque há uma lenda que somente os piratas que tinham tatuagem em número ímpar é que sobreviviam nas batalhas. Aliás, outro pedaço de mim, adoro piratas. Tenho uma linda coleção. São meus guardiões. Tendo eles tão próximos, como minhas ímpares tatuagens, em todos os sentidos, não perco a batalha.

A primeira que fiz foi uma rosa nas costas, próxima ao ombro direito. É sem dúvida a que tenho mais carinho, pois foi a precursora. A sexta também é uma rosa, no tornozelo esquerdo. São vários os símbolos atribuídos a rosa, mas os que mais gosto e que justificam os desenhos são que na Alquimia representa o feminino e corresponde ao órgão sexual da mulher, além de representar o amor.

Depois da rosa fiz um sol no pé e uma lua e estrela na virilha. Ambas do lado esquerdo. Sol, simples assim, luz, vida e calor. Uma definição que gosto muito para a lua e estrela é de que o arco da lua também alude a um ventre feminino, que nutre uma estrela-feto. Essa interpretação liga-se á idéia de procriação, fertilidade e amor. A estrela é, ainda, a imagem do homem, ou microcosmo, e simboliza também os cinco sentidos.

Como optei por número ímpares, a partir daí, sempre foram feitas de 2 em 2. A quarta foi um timão (de um navio pirata) no calcanhar e a quinta uma flor atrás da orelha. As 2 do lado direito. O timão me dá a direção e para mim a flor sempre está ligada a beleza e a harmonia.

Continuando a jornada, a sexta já foi descrita acima e a sétima no meu pulso esquerdo um símbolo estilizado de gêmeos, meu signo.

A oitava foi um desenho feito por mim. Desenho como uma criança. São pequenos traços. É uma menina que tem em seu cabelo 2 letras Js. Letra dos nomes da minha filha e da minha afilhada. Em sua mão um desenho de uma joaninha, aliás a única tatuagem que tem uma cor e de forma muito discreta. Todas as outras são pretas. Está foi feita na parte interna do meu tornozelo esquerdo. A nona é um escorpião ao lado do meu gêmeos. Também em homenagem a minha filha.

A décima tattoo foi feita na planta do pé direito e é a escrita do meu sobrenome em árabe, que significa tanto o dom divino de ajudar, como o ajudador de Deus e o mantra da presença divina. Forte pacas neh? Precisava representá-lo. E a décima primeira, na parte de trás do meu braço esquerdo um ouroboros, também estilizado e um pentagrama dentro de uma das circunferências. O ouroboros representa a eternidade, o recomeço (fase pela qual passava quando o tatuei), evolução sobre si mesmo. O símbolo contém as idéias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, eterno retorno. O pentagrama representa os 5 elementos e é um símbolo feminino muito forte.

E como não para por aí, De Novo Eu com novas tattoos em breve. Farei um desenho representando o kambô, que espiritualmente me ajudou a encontrar um caminho. Leva embora a "panema", má sorte. Farei também a estrela cigana ou estrela de david. É usada como talismã de proteção contra inimigos visíveis e invisíveis. Representa sucesso e evolução interior. É tudo que de novo eu quero em grande escala ... rs

sábado, 3 de março de 2012

Coisas para Minha Vida

E aí continuei pensando ... ufa! Melhor assim ... rs. Pensando que tem tanta coisa a ser feita, a ser realizada, a ser conquistada. Bora! Viver a vida. Intensamente. A lista é grande. Vamos colocar em prática. Saltar de asa delta, armar uma galera para fazer trilha, curtir mais o por do sol, dormir mais ao nascer do sol ... não dormir. Estar com amigos sempre. Sorrir ao lado da minha filha. Rir com minha irmã ... mais e mais a cada dia. Nos divertimos as pampas. Unir, abrigar, compartilhar. Ler bons livros, ver bons filmes, ouvir boas músicas. Beber. Adoro! Viajar sempre. Ter alguém ao meu lado que expresse a admiração que sente por mim, que me faça rir, que me traga para a terra, que os gostos sejam parecidos, que goste de Drummond, de Mário Quintana e que no mínimo conheça Neruda. Que o prazer que tenho hoje pelo meu trabalho perdure por muito tempo. Quero minha família, assim, do jeito que ela é. Que assim seja mantida. Viva!!!! Por muito mais tempo ... combinado? Que eu aprenda a administrar e a controlar minha grana. Deixar que seja uma preocupação e que tenha o suficiente. De fato, não quero que ocupe espaço na minha vida. Ter mais tempo para meus amigos e que tenham mais tempo para mim. Agitar os sábados a tarde com a criançada. Cinema em casa, noite do pijama, dia das meninas, ter tudo junto e misturado, em alguns momentos entrada proibida para os adultos (nesse caso, ainda bem que oscilo entre os 9 e os 21 ... dessa idade difícil passar). Pô verão, enquanto tu tiver ai não posso fazer novas tattoos. Mas não quero que vá embora. Culto ao sol. Melhorar meu inglês!!!! Voltar a tocar violão. Abrir mais vezes a porta do meu apartamento. Curtir, dar, saborear! Viver!!!!!!! Cara, me organizar. Em tudo, com tudo ... pra mim meia hora é suficiente para chegar em qualquer lugar. Mentira! Me doar. Parar de ter que fazer regime. Chegar no meu peso e nunca mais sair ... Combinado 2? Encontro com os Ciganos. Praia, parque, mar ou montanha, desde que tenha minha filhota junto. Conviver com a alegria do Tamborim quando chego em casa. Encarar com bom humor todas as situações, o que agrada ou o que desagrada. Cara, ter mais malícia ... mas deixar meu coração do jeito que ele é. Eu acredito nas pessoas! Não me digam o contrário. Respeito. Respeito sua opinião, respeite a minha. Simples assim!!!! "Amo tanto e de tanto amar, acho que ela é bonita ...". Chico que assim seja. Comigo, contigo e de novo comigo. De novo Eu, sem pestanejar.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Coisas da Minha Vida

Andei por aí pensando em quantas coisas quis em minha vida e as realizei ou as consegui. Queria saltar de paraquedas, fazer rappel, rafting, arborismo, fiz tudo. Queria tatuagens, tenho 11 e só estou esperando o verão acabar para mais 2 estampar. Queria ir para Europa, Canadá, Estados Unidos, Peru, Argentina. Estive em todos esses lugares. Queria conhecer mais o Brasil e o fiz. Queria meus amigos por perto e os tenho. Um animal de estimação e o Tamborim veio até mim. Ter meu canto e minha mãe o concedeu. Trabalhar com prazer e gostar do que eu faço, aí está, cada dia mais encantada com meu trampo. Ter alguém para cuidar e fui presenteada com a Juca, minha afilhada, minha primeira noção da responsabilidade de um grande amor. Eterno com certeza. Queria que a maturidade fosse um prazer. A desfruto mais e mais a cada dia. Tomar cerveja, fumar um back, ler livros, ver bons filmes, bar, música, violão. Sobrinhos a minha volta. Minha casa aberta para todos. Viver com prazer. Curtir pequenos momentos. Curtir grandes momentos. Curtir todos os momentos. Sim, tem coisas que desagradam, cabelos brancos, fazer regime, acordar cedo, tomar multa, vizinho chato. Vamos contornado."Vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando. Nem sempre perdendo. Mas, aprendendo a jogar...". Ver Chico, Caetano, Tom, Ney, Zeca Baleiro, João Bosco, Almir Sater, Monica Salmaso, Alceu Valença, Doces Bárbaros, Gil, Milton, Lenine, Pepeu e Baby, Lô Borges, MPB4, Toquinho.  Estive em todos, com todos e, com alguns, algumas vezes. Curtir aqueles que não tive chance de ver. Vinicius, Elis, Cássia Eller, Gonzaguinha, Cazuza. Ter o novo para ouvir. Sorrio a cada acorde. Ter mais para ver. E Chico de novo a se aproximar. Live, Pearl Jam, Rolling Stones, Eric Clapton, U2. Algumas coisas não imaginei e aconteceram. Encontrei um caminho espiritual e por ele me encantei. Nele estou e quero continuar. Axé! Salve Santa Sara Kali. Iemanjá, talvez minha mãe, obrigada! Mais do que tudo. Gerar, ver um ser propagar, crescer, amadurecer. Chamar de meu e saber que é do mundo. "Meu amor, minha flor, minha menina ...". Não há dúvidas que sou muito mais feliz porque tenho você. Luz que faz meus olhos brilharem. Sou só emoção ao seu lado. Quero muito mais e que venha muito mais. "Nós somos do tecido que são feitos os sonhos" William Shakespeare. Quero sempre a vista da casa em Paraty. Me traz paz. Me traz serenidade. Queria escrever um livro. O transformei num blog. Quero escrever um roteiro para uma peça infantil. Quem sabe???? Minha mana, minha parceira. Queria voltar a ser eu e De Novo Eu que vos fala.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

DESEJOS - Carlos Drummond de Andrade

"Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado

Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu".

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Caminhos se abrindo ...

Fiquei um tempo sem escrever porque não conseguia encontrar motivos para isso. A razão principal desse blog era expurgar o que me incomodava enquanto namorada e esposa (detesto essa denominação, mas resolvi usá-la porque mulher fui, sou e serei, sempre, independente do meu estado civil. Mulher no que há de mais profundo). Acho que de mim tirei tudo o que não me pertencia mais. Já não faz parte da minha vida. Ficou para trás, resolvido. E ai? E o blog? Com o intuito de me ajudar a encerrar assuntos, sem assuntos a serem encerrados, qual o seu objetivo? E o que é óbvio para muita gente, para mim ainda não era. Ficou! A partir de hoje, escrevo tão somente sobre mim, sobre o que eu quero e sobre o que me interessa. Inteiramente EU! E como gosto de escrever (descobri há pouco). Abandonar? Jamais. E assim começam os trabalhos. Caminhos se abrindo ... levei um tempo para entender minha nova condição e a melhor que poderia ser! Estou sozinha, mas não sou sozinha. Tenho o privilégio, o prazer e a vontade de conviver, ter e crescer com pessoas maravilhosas. Amigos no ar, no mar e na terra. Em todos os níveis, em todos os momentos. Nesse quesito encontram-se tantas pessoas. Mães, pai, mana, amigos de toda hora, de todo sempre, de alguns momentos, de cerveja, de balada, de risada, de confissões. Amigos de vez em quando. Amigos, amigos, amigos!!!!!! E ai, acham que devo me preocupar por estar sozinha? Estar sozinha e muito feliz? Não! Estou bem. Voltei a aproveitar cada instante da minha vida, ao lado da minha filha, ao lado de quem me faz bem, fazendo o que me faz bem. Hoje não meço esforços para fazer o que eu quero. Faço! E ai o sorriso me acompanha tempo integral. Tá valendo tanto a pena!!!! E que o venho descobrindo da vida e redescobrindo a vida! Quero sim que venham novas paixões ... mas enquanto não vem, a paquera tem me alimentado. E casos do passado reaparecendo!!!! E como é bom não se preocupar com o que vai rolar no dia seguinte!!!! E se vai rolar. E se não rolar ... tudo está tão bem, que é isso ai. Vivendo estou. Imensamente e Intensamente. Simples assim. Bom assim. Aliás, bom pacas!!!!! Estou preparada. Quero que venha. Quem tiver que vir, virá e verá. Tudo ao seu tempo. O caminho se abriu ... Eu de novo pronta para VIDA!!!!!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Pattético!

De tão patético, suas atitudes são previsíveis. Disse que seu mundo é limitado e medíocre, pois bem... Também não tenho nenhum receio de considerá-lo dessa forma, já que sua assinatura, quando envia sms pelo site da claro para celulares da mesma operadora, é Patteta. Sim, dessa forma, com dois 't's. O ponto final dessa história foi no dia 25 de dezembro, mas para que os fatos fiquem claros, volto um pouco no tempo. Quando estava casada, ele começou a trabalhar numa agência e logo me apresentou a uma amiga de trabalho que fiz questão de receber com todo carinho. No mesmo instante o interesse de um pelo outro ficou claro, mas não fui a fundo. Essa questão específica não me incomodava. Os interesses por outras pessoas para mim são evidentes. O grande lance é como você lida com isso. Óbvio que durante toda minha relação outras pessoas me encantaram, outras pessoas me chamaram a atenção, pessoas de outras épocas mexeram comigo ... Isso é um fato! Eu não tinha dúvidas que ficariam juntos depois da nossa separação (atitude previsível). Eu realmente não sei dizer se durante nosso casamento tiveram alguma coisa, não fui e não vou buscar nenhum tipo de constatação, mesmo porque nem de longe essa foi a razão do término do nosso casamento. Na verdade, esse era o menor dos problemas. Bom, segundo ele começaram a ficar juntos em setembro de 2010. Nosso casamento terminou em julho do mesmo ano. Não preciso dizer que há muito tempo ele tenta uma reconciliação. Logo depois do ano novo de 2010 para 2011 disse ter sentido saudade, diz ter querido ficar comigo e assim foi até junho de 2011. As mensagens, os pedidos para ficarmos juntos, adiarmos o divórcio eram recorrentes. Em nenhum momento eu vacilei, eu coloquei em dúvida minha decisão. Não queria mesmo! Em maio de 2011 ligou para uma grande amiga e disse que havia pedido para voltarmos mas que eu não quis, que eu estava decidida. Ela perguntou para ele se estava com alguém e ele disse que não, que só estava curtindo a vida. Que queria mesmo era estar comigo! Bom, em seguida descobri que estava namorando e ele não teve em nenhum momento cara para me contar. Não economizei palavras. Disse que estava agindo como um cretino, que sua vida era mediana, assim como suas preocupações e pensamentos ... entre outras várias coisas, que se fosse eu que tivesse ouvido não ia querer nem mais ouvir a voz. Um dia depois que tudo isso ocorreu, era meu aniversário e recebo "Você me deu algo que não dei valor, me perdoa ... ". A velha história de dar valor depois que se perde foi confirmada. Desse em dia em diante perdi tudo o que me restava em relação a ele. Caiu no descrédito total. Só não perdi a educação e o respeito pelo pai da minha filha. Devo ser justa. É um pai muito bacana, presente, preocupado. Tenho certeza que minha filha o terá sempre por perto. Poderá contar com ele como pai, amigo e companheiro. Torço muito para que seja feliz, que sua vida dê uma guinada e que assim possa proporcionar muito momentos bacanas a minha filha. Pois, como dizMadonna, "as pessoas infelizes são desagradáveis". Bom, voltando aos fatos. Ele, mesmo depois de eu ter descoberto o namoro e muito sem querer, ele continuou escondendo a namorada. No aniversário da minha filha de 2 anos eu a convidei. Ela não apareceu. Sim, ele levou um monte de amigos, mas a namorada nem menção fez. Pois bem, dia 25 de dezembro estava combinado dele passar para pegar nossa filha para viajar com ele. Como eram muitas as coisas, desci para ajudá-lo e depois a pegava. Perguntei se ele estava com algum receio de que eu fosse até o carro, pois nitidamente estava evitando. Ele disse que imagina, que estava sozinho. Depois me disse que iria direto da minha casa para a estrada. Dei várias chances para que me falasse a verdade. Perguntei então se ele viajaria sozinho com nossa filha. Ele disse que não, que passaria para pegar a namorada e depois iria. Então ele não ia direto, ia passar para pegá-la em sua casa e depois viajariam. Insisti nessa afirmação e ele confirmou. Foi então que perguntei se enquanto ela o esperava, ele ficava com a bolsa dela dentro do carro ... O nego ficou branco. Perguntei claramente: Onde está sua namorada, que não está aqui para eu dar-lhe Feliz Natal, Feliz Ano Novo e agradecê-la por cuidar da minha filha nos próximos dias? Pasmem. Ele me respondeu: "Está na padaria". É isso pessoal, ESCONDIDA na padaria!!!! Cara, ele a submete a isso tipo de situação e ela aceita!!!! Punk. Disse que não queria causar nenhum tipo de constrangimento. Para quem? Para mim não tem mais essa condição,  já causou todos os tipos possíveis enquanto estávamos juntos. Para ela, provável, já que a coloca nessa situação. Para ele, todos, principalmente se ela souber com que tipo de pessoa está envolvida. Na verdade, deve saber, mas não encara os fatos. Para mim um BUNDãO. Fiz o cara ligar para chamá-la. Ela chegou com cara de nabo e assim permaneceu, desejei felicidades, agradeci e disse a ela que era para encerrar esse tipo de bobagem. Ele ficou imóvel o tempo inteiro. Dois de paus. Não a chamou para ele e não deixou claro para ela que ficasse numa boa porque ele estaria ali para dar apoio. Ficaram os dois com cara de PATETA. Eu não ia causar nenhum tipo de situação. Mesmo! Nem por mim e nem pela minha filha, principalmente. Desejei boa viagem e parti agradecida, aliviada. De fato era eu quem estava lá,"... sem dramas, porque a vida é assim ...". Eu de novo estava lá, encarando a situação e os fatos. Cada qual com os seus, não é? Adoro uma frase de outra amiga: "Impressionante. Ele não precisa tomar laxante. É uma cagada atrás da outra". E assim caminha a humanidade ...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo!

O ano começou muito agitado e não tive mesmo tempo de desejar a quem amo FELIZ ANO NOVO. Que 2012 tenha todo amor que houver nessa vida, sem preconceitos, todo o tempo em todos os movimentos. SEJAM FELIZES! Ou pelo menos busquem isso. Minha virada foi excepcional. Boa demais. Com amigos que amo, muita cerveja e muito xaveco ... Hummm! Será que vai pintar alguém na parada???? Opa! Será que já pintou? O caminho está aberto ... rs. Eu de novo, vivendo novas e muitas emoções. 2012, 2000 e doce, 2000 e dose ... Alegria, alegria.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Cara, da CULPA eu me livrei!

Já contei em algum post desse blog que minha separação, sobretudo, me trouxe alívio. Com o passar do tempo tenho percebido quando mais aliviada tenho vivido. Todos os acontecimentos ruins, não digo do mundo porque a vida dele se restringe somente a ele e o que está ao seu redor num diâmetro de 10 mts mais ou menos, não mais que isso; era minha culpa 100%. 100% do que acontecia e não era bacana. Vejam, o que era bacana, jamais era elogiado, mesmo porque não havia nenhuma parcela de responsabilidade minha. NUNCA! Enfim, com 1 ano de namoro, estávamos voltando de Paraty, lugar que frequento desde muito pequena e que conheço bem a beça, subindo a serra, aquela foda de Taubaté, aquela do cotovelo, com chuva e muita neblina. Estava eu de co-pilota tentando auxilá-lo na medida do possível. Estavam com a gente minha irmã e a sobrinha dele. Num determinado momento, eu disse: "vire a esquerda, vire totalmente a esquerda". Minha irmã acordou comigo falando mais alto e gritou: "a esquerda". Boom! Abri o olho. Estávamos imersos em uma névoa branca, um cheiro esquisito pairava no ar e por um momento pensei: onde estamos? Tudo isso se deu com a abertura do air-bag. Tínhamos dado de cara com um muro de pedra. Na mesma hora, ele olhou para mim e disse: "a culpa foi sua". Hã? Como? Eu que estava dirigindo e você dando as coordenadas? Ouvi direito? Me lembro, eu disse "a esquerda". A culpa é minha, porra? Ou não me ouvia ou fazia com que não me ouvia  ou fazia questão de me mostrar que não dava moral para o que eu falava. Não era digna de ser ouvida. Minha irmã virou um bicho. Foi de dedo na cara dele. Eu fique atônita. Me interessava saber se todos estavam bem. Não estava elegendo culpados. Queria resolver o problema. Como sou acompanhada de muito sorte, e acho também que é por merecimento, sem querer me gabar, pessoas muito bacanas apareceram e nos ajudaram. Todos estavam bem. Tudo foi resolvido. E aí, diante disso, ainda fiquei com ele por mais 6 anos e meio. Por quê? NãO SEI! Vou identificar em algum momento. Tenho algumas idéias que dividirei com vocês em breve. Será uma boa discussão ... Acho até que vai dar para se divertir. Voltando a questão que intitula esse post, nos outros anos com ele, convivi com o apontamento da culpa em tempo integral, que óbvio eu retrucava. Não admitia. Eu não fazia isso. Não podia aceitar. Eu preservo a alegria e acredito que juntos podemos resolver o que incomoda, o que está ruim, o que deu errado. Era culpada pela TV pifar, por ele errar o caminho, pela multa que tomou quando sozinho voltava para casa, pela diarista que as vezes não aparecia, entre outras várias coisas. Como sempre havia brigas, depois das acusações, ele passou a omitir, mas aquele olhar inquisidor eu reconhecia. Agora eu não tenho mais culpa de nada. Não é incrível? Tenho sim várias responsabilidades e muita autonomia. Sou responsável pela minha busca em ser feliz, pelo menos a maior parte do tempo, sou responsável por por mim e por o que quero para mim. Sou responsável por ser De Novo Eu!