sexta-feira, 12 de outubro de 2012

E aí?

Saindo ontem do show do Marillion, a garoa de Sampa disse ao que veio e o frio se aproximou. Eu me escondi ao lado da portaria, onde venta menos, para esperar meu carro. Me enrolei no xale que minha avó fez para minha mãe e que eu me apropriei. Na verdade minha mãe esqueceu na minha casa, eu o encontrei e achado não é roubado ... enfim, é meu. Bom, estava eu nessa situação, quando um menino veio gritando na minha direção "tia, tia" ... chegou perto de mim e disse, rindo daquilo que para ele era muito engraçado, "ah! não ! pensei que fosse minha tia hahahahahahaha" ... A parte engraçada para ele sei qual é, mas para mim, a  parte engraçada que me cabe faz mais sentido ... Saca só! O moleque está ouvindo um som que ouço, um som das antigas!!! Esse som é bom!!!! E ele veio tirar sarro da minha cara ... Sarro posso tirar eu do som que ele e sua galera ouvem, ruim de um tanto que fez com que ouvissem o som da minha galera!! Eu acho do caralho. O que é bom dever ser propagado. Eu gosto desse som das antigas, desse som que os novos tem como influência, desse som que perdura, que larga e não gruda. Gosto do que é novo, mas que se fundamenta no que é bom!!! Não me considero  conhecedora profunda de música, mas posso me gabar do meu bom gosto. Ei! Marillion para mim não é o ápice, nem o mais foda, mas tem um competência indiscutível e a voz que o embala é incrível. Me rendo à maturidade daqueles que estão na estrada há muito tempo porque de fato me rendo à maturidade. Gosto desse momento da vida. Gosto dessa serenidade. Moleque, fique à vontade. Não me sinto ofendida. Minha vida é regada de bom humor. Na sua idade eu me olharia e talvez me visse uma tiazinha. Até me chamaram de quarentona enxuta. Só não deu para sacar qual a ofensa. Sim, sou uma quarentona e pra lá de enxuta ... rs. Me sinto assim, enxuta aos 40 e não velha por isso. Cabe até uma confissão, estou prestes a viver a melhor fase da minha vida!!!!! E se a velhice for isso, que me tragam a bengala, porque vivo melhor a cada dia.  E aí que devo agradecer a esse garoto que me fez relembrar que faço, falo e vivo do jeito que eu gosto. De novo Eu, assim como eu.

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