Era uma vez uma mãe que queria saber
contar histórias. Ela não sabia como fazer e nem sabia por onde começar. Um
dia, uma contadora de histórias mostrou para ela onde se encontrava o ponto de
partida dessa vontade. Ela entendeu. Era só começar. Pegou papel, caneta e pôs-se a escrever. Iniciou-se uma linda
viagem da qual não irá retornar mais.
O ano de 1973 recebeu uma criaturinha, que ninguém sabia a que vinha e como vinha. Ninguém sabia o sexo. Estava sendo muito esperada. A maternidade virou uma grande festa. Seu avô pediu a filha grávida: “traga a minha neta”. Sua mãe estava em trabalho de parto e sua avó dizia: “minha filha essa dor vai piorar”. Pois bem, o momento tão esperado chegou. A neta do Rubens veio ao mundo. Sua mãe parou de sentir dor. Seu pai entendeu no instante que a viu a responsabilidade que tinha e o quanto a vida tinha mudado. Lindas palavras disse a menina, sua filha, porém as pessoas que testemunharam esse momento se foram. Em vida sempre disseram que foram as palavras mais lindas que ouviram. Provavelmente eram para ficar apenas entre elas. Essa menina não pode lembrar do que ouviu, mas sente desde sempre o que elas significaram. Ao nascer, a sorte seguiu em sua direção e de perto dela nunca mais saiu.
Essa menina cresceu e muito. Passou por
várias coisas. Realizou outras várias. Foi muito amada e mimada.
Por todos. E até hoje gosta e se aproveita dessa situação. Tem em sua mãe uma
grande amiga. Em seu pai um grande parceiro. É muito feliz por tê-los. Eles
deram de presente para ela a oportunidade de poder ter ao seu lado uma irmã de
personalidade forte, marcante, teimosa e de um coração imenso. São grandes
companheiras. Se amam imensamente. Lindo de se ver.
Essa menina era mal humorada e
descobriu-se infeliz por isso. Mudou completamente. Sempre brinca que as
amizades que a acompanharam nessa época e que continuam com ela, sabiam do
potencial dessa garota e que um dia ele viria à tona. Confiaram nela. Foram
ouvidas e hoje essa menina acorda sorrindo. Quanta gente ela afastou nesse tempo que não volta mais. Hoje tem a capacidade de agregar. Sabe-se agora que esse mal humor era
uma defesa. Protegia sua timidez e a vergonha que tinha de tudo. Não que tenha deixado de ser tímida, mas hoje encara com bom humor. Quem a
conheceu depois disso não acredita que ela podia agir dessa forma. Passou. Ficou
lá trás.
Demorou para descobrir o amor, mas mesmo
antes disso sofreu de amor. Foi amada. Conquistou. Foi conquistada. Desprezou.
Foi desprezada. Deixou de viver paixões bacanas porque não queria se envolver.
Ah! Que bobagem. Depois disso amou. Sofreu! Fez sofrer. Chorou e nem ligou. Assim
era essa menina. Inatingível! Hum, até parece … Alguns caminhos se cruzaram e viveu
deliciosas paixões. Um dia se encantou e decidiu que era com aquele cara que queria ter
um filho. Longa jornada. Achava que o amava. Iam e voltavam. O admirava, o
achava engraçado, eram companheiros … Bonito de um tanto!!!! Mas apesar da vida
mostrar que seus caminhos eram diferentes, insistiram e casaram. E essa menina
queria um filho. E mais uma vez a vida foi generosa. Descobriu e viveu o mais
puro amor. Sua filha – seu amor, sua flor, sua menina. A menina crescida agora
tem uma menina.
Sua menina vai crescer e muita coisa vai
viver. A mãe menina torce para que sua filha menina viva um pouco de tudo. Que
tenha a sorte que sempre teve. Que ache seu lugar no mundo. Que faça o que
gosta. Que tenha amigos parecidos com os seus, pois esses alimentam a vida. E
que, sobretudo, seja feliz … muito feliz!
Hoje essa mãe, a menina grande dessa
história, é muito feliz, redescobriu sua históra, buscou suas raízes e batalha
muito para que sua vida seja marcada por momentos inesquecíveis. Essa menina
grande pode dizer, depois de bater muito a cabeça, que se sente admirada,
querida, amiga, amada. Pronta para o que a vida tem de melhor! E que a sorte continue com ela! De novo ELA.
Obrigado, por me incluir entre os leitores do seu blog. É um imenso prazer ver esta moça que conheci bem pequeninha, sendo uma mãe incrível, uma mulher admirável, sensível, integra e muito bonita. Quando uma criatura assim passa por sua vida, a gente sabe que vale a pena viver, reza para encontra-la em alguma calçada e tem um imenso orgulho de abraça-la. Como é difícil encontra-la pelas calçadas, podemos nos encontrar por aqui, mas sinta-se abraçada.
ResponderExcluirBeijos querida.
Viu como vc sabe fazer romance? Minha amiga, sábado e nossos drinks martinis renderam... Vc tem futuro, sabia? E eu quero uma homenagem na primeira página hahahaha
ResponderExcluirRenata que lindo e obrigada por dividir suas experiências conosco.
ResponderExcluirKetty M. Valencio.