Outro dia uma amiga me perguntou sobre ser mãe. Não tive condições de responder naquele momento. Qualquer coisa que fosse dito seria pouco perto do que realmente sinto. Parei para pensar. Me deparei com coisa a beça ... ainda sem acreditar ser suficiente. Sempre digo que ser mãe é a melhor função que exerço. É a função que entro de cabeça, chuto o balde, enfio o pé na lama, vivo intensamente e me entrego completamente. É um amor novo, nunca antes vivido. É tão intenso que a razão se perde! E eu, a racional de plantão, convivendo puramente com a emoção. Caraca - é emoção as pampas!!!!! Bom, vivendo entre emoção e razão, resgatei minha intuição, que tava lá, pronta para ser reativada. Sou mãe por intuição. Os palpites são lançados por todos os lados, numa velocidade que não dá para acompanhar...em sua maioria com a melhor das intenções...Só que a mãe da minha filha sou eu. Deixa comigo, sei como agir. Parece prepotente, eu sei, mas é assim que eu sinto. Recorro sim as pessoas que confio e em muitos momentos, mas as decisões finais são minhas e tomadas com muita tranquilidade. Sou uma mãe muito diferente do que eu podia imaginar. Gosto mais dessa mãe real do que aquela que viveu em minha imaginação durante muito tempo. É incrível poder viver essa mãe! Essa mãe cheia de inseguranças, incertezas, receio de não ter condições de educar, de indicar um mundo melhor e incutir o melhor pro mundo. Tenho arrepios diários, frio na barriga constantemente, palpitação e tremedeira por causa dessa responsa de criar ... E ai quando me deparo com o sorriso da minha filha, com sua alegria, seu carinho, o caminho que estamos trilhando, parece certo. Num sei mesmo onde vai dar, "mas vou até o fim...". A mulher que essa mãe habita se renova e se reinventa sempre. Revejo sentimentos, desejos, valores a todo momento. Partes de um todo que pareciam intocáveis e rígidas. Essa baixinha veio e abalou todas as estruturas ... "Meu amor, minha flor, minha menina", de novo eu, pensando em ti...
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